Coração de Manteiga Derretida



Edigles Guedes

Bate que bate – relógio interior – com ponteiros
Compassados, pesados nas sobrancelhas largas;
De nariz empinado, como pipas amargas
Postas a voar no alpendre de casa. Conselheiros

Olhos olham para mim, absortos, tão longínquos!…
Freme! meu coração sondável pelo colossal
Navio; brame! de júbilo ou de pitada de sal
Pouquinha no muito feijão do dia a dia. Altíloquos

Soluços de Amor comovem, rubra, derretida
Manteiga na frigideira de mim. Neve álbida
De lágrimas gelam meu íntimo; porquanto sente

Os sentidos plangentes, de choros coloridos
Na gravura da Dama que se vai sem pruridos!…
Ah! molenga e mocorongo, coração demente!…

19-9-2011.

Aquário de Vida

À mercê dos favônios, Bisviver jigajoga, Bajogar a conversa, Retisnar os neurônios… Lida que se renova. Quem me dera essa trela… Fá...