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Natal, o Outro



Me cumpre pedir
Bocado de paz.
Menino Jesus,
Atende a prece.

Me cumpre sentir
Pecado voraz?
Menino e Deus,
Por ti esmorece

O homem tirano!
Que posso o dano
E faço, mas sano

Injúria com pranto?
Sossego que canto
Ao pé sacrossanto!

Autor: Edigles Guedes.


Bem-te-vi — Um



Bem-te-vi, ó meu bem-te-vi!… Por que choras assim,
Repetindo as palavras fúteis, trombeteando
De mim? Dando notícia de quem jamais te quis
Bem ou mal. Ó passarinho! que cozinhas o tempo

Com língua de portas abertas ao mundo, farto
De injustiças e outros infortúnios pessoais.
Quem me dera sonhar com um planeta melhor,
De ventura e de paz infindas, longe d
a guerra

E seus rumores, longe dos azares em dança
De sina, longe dos lances de dados ou jogos
De força bruta, só pra ver quem é o mais forte,

Longe da destruição em massa das florestas,
Longe, muito longe, daqui, tão longe daqui,
Que sou capaz de alcançá-lo num simples pulo.

Autor: Edigles Guedes.


Lençol e Vida



Criança, te cubras!
Lençol será curto?
É sobejamente
Curto, de tão pouco…

A cama constrange?
Demais, fartamente.
Viver será rosas?
Existem espinhos!

E sei que eu sei…
Bandeira de paz?
Um canto de trégua?

A vida é dura;
Mas fino sorriso
Me custa nadica!

Autor: Edigles Guedes


Paz



Além do mais,
Vagido traz
Saudade rude;
Ao peito, grude,

Por sóbria surda
Que não me quer
Em seu regaço.
O ah! abraço

Que laça troço,
Pescoço. Ouço.
Supõe me ter.

Que há demais?
Gentil a paz
De tão absurda!


Autor: Edigles Guedes.


Penas



Semeio as penas
A quem desmerece
As penas de Dor.
Desdém por Amor,

Que planta, silente.
Cultivo semente,
Dispõe-me contente,
O homem carente.

Careço de plena
A paz da folgança,
Calor, abastança.

Careço de prece.
Guarneça a flor,
Acaso se for!…

Autor: Edigles Guedes.


Nove



Donde vim, que chego
Tão amargo? Nego
Medo, vil rejeito.
Eu que sei, sujeito.

Vida, muito dura.
Paz ninguém encontra.
Há assaz fundura.
Guerra, zás e contra.

Homem: fruto, luto.
Tão de fácil ponho.
Balde, fixo, chuto.

Eu que cuido mero
Dom de ver os sonhos.
Nove fora zero.

Autor: Edigles Guedes.


Aquário de Vida

À mercê dos favônios, Bisviver jigajoga, Bajogar a conversa, Retisnar os neurônios… Lida que se renova. Quem me dera essa trela… Fá...