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Borboleta e Eu



De o
uro, borboletas
Se vão por entre flores…
Navega suas dores,
Por mares de sarjetas…

As asas de cornetas
Miúdas e caretas
Provocam riso
s — setas
Que voam como retas,

Além do infinito —,
Enquanto eu espirro
A linha em negrito.

Na terra, me acirro,
E qual um cão escrito
Em casa, eu me grito!

Autor: Edigles Guedes.


Alice de Lewis Carroll



O Gato Sorridente
Assusta-me bastante.
A menina Alice,
Entretanto, coragem

Esbanja. Diamante
E sopa de tampinha,
Personagem em vida?
A Rainha sustente

O cetro de calmante.
O fogo que atice
O reinado. Linguagem:

Disparate errante,
Que bota-me na linha,
Por discreto, duvida?

Autor: Edigles Guedes.


O Barco que eu sou

Um barco inclinado. Atracado no litoral. Um pássaro empoleirado no barco. A lua envolve o pássaro e uma parte do barco. É noite.



Desadoro o difuso azul de meigos olhos,
O pouco verde muro de música pele.
Bravio, que me lanças, ó mar!… Eis compele
Sargaços sobre o meu dorso aos duros molhos.

Desadoro esse informe gesto de teu rosto,
Tampouco do incolor sujo de tuas pernas.
Vento de valorosos brios, ó, com ternas
Palavras furibundas a bom tira-gosto!…

Desadoro as selvagens ondas mais umbrosas,
Como lenços nocivos que choram sem rosas.
Qualquer dia arvorarei velas em plúmbeas ilhas?…

Desadoro o barco que, decerto, eu sou.
Barco cego, nu, tosco e mouco, que passou
Da linha de refregas pelas Tordesilhas.

5-4-2015.



Aquário de Vida

À mercê dos favônios, Bisviver jigajoga, Bajogar a conversa, Retisnar os neurônios… Lida que se renova. Quem me dera essa trela… Fá...