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Pipoca



Estoura micro-ondas;
Pipoco, alarido;
Ruído confrangido
De rudes anacondas!

Sabor de sentimento,
Com sal de sobremesa;
Pimenta que enfeza
A língua de fermento.

O gosto absolvido
Por culpa de redondas
Manteigas derretidas.

A vida, de certeza,
Ostenta o lamento
Em fugas compelidas.

Autor: Edigles Guedes.


Encontro



Fazia mais de duas horas…
Estou aqui de mão suspensa…
Lamento gruda, boca brinca
Com língua brava, siso trinca

Os dentes férreos. Nisso, urge
A noite dentro; luz apaga,
Acende, poste zanga, xinga
Um pouco, fúria vem e vinga.

Desata nó, o peito chora.
E ela foge, cisma, pensa,
Se bem que dó de mim suporta.

Encontro houve não, mas surge
Herói, enredo, grande saga,
Enquanto fecho minha porta.

Autor: Edigles Guedes.


Vencido



Porventura o soído de peito meu me entontece?
Por que a moça falsa me dera seu ferimento?
Se proscrito vago por ruelas, sem pagamento
Por serviços magros; divago, sem o se apresse.

Porventura o doído de jeito meu me arrefece?
Por que a moça sonsa me dera seu arrebique?
Diadema canta mistério seu e chilique.
Um lamento trova; alvoroço seu concedesse.

Que calor troveja em meu talvez peregrino!
Que clangor suspeita por seu algoz desatino!
Uma escada eleita capricha em pétreo castigo.

Os flagrados, mão na botija, pai com desgosto.
Os vizinhos falam à boca torta, opostos.
O vencido vinga, ao vencer por bônus amigo.

Autor: Edigles Guedes.



Cego



Me tira sossego
O rijo lamento
De alma sentida.
Bendita que lida

Inteiro o tipo,
De tudo um pouco!
Baú: serventia
Da coisa banida.

Me fica o cego
De olho atento.
O cão, de guarida.

E vou, participo
Do mundo, um louco
Em cru cercania.

Autor: Edigles Guedes.


Aquário de Vida

À mercê dos favônios, Bisviver jigajoga, Bajogar a conversa, Retisnar os neurônios… Lida que se renova. Quem me dera essa trela… Fá...