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Babado



Amor que sabido
De dura a pena.
Por bicho, tomado;
Humor arredio.

Amor que descuido
O meu, me serena.
O lixo, aguado;
Tumor, arrepio.

Amor me depena!
O homem esguio,
Nariz de hiena.

Amásio barbado
Puxou assobio.
Mulher de babado.

Autor: Edigles Guedes.


Aos Ombros



À boa ventura,
Velejo por mar,
Que torna sonhar
Um meigo penar.

A pena censura
O meu vaguear.
Piloto por ar,
Que gozo por lar.

O vivo no mundo
Da Lua me cabe.
O quê me desabe?

Almejo fecundo
País de assombros,
Que cumpre aos ombros.

Autor: Edigles Guedes.


Lábios de Desapontamento

Uma mulher encostada num tronco de árvore. Um cachecol azul cobre seus lábios.


Esquece-me os teus gentis lábios de mel.
Lábios dóceis, na mente, que me encantam.
Gentis são os teus que gestos desencantam
Viver de falto, e falso, e feio, e fel.

Falta-me metafísica da sórdida
Rosa com seus amargos já macérrimos.
Falsa é a vida, que tão de breve, rimos
De zéfiros — sem porta torta ou saída.

Como uma onda que soez claudica (sonsa);
Pensares entre dois tão descontentes
Quanto a pena e o papel são escreventes.

Fel, que destila vil veneno de onça…
Esquece-me, deveras, sou uma sombra
Que desapontamento a nuvem obumbra!…

4-4-2015.

Aquário de Vida

À mercê dos favônios, Bisviver jigajoga, Bajogar a conversa, Retisnar os neurônios… Lida que se renova. Quem me dera essa trela… Fá...