Ah! se tivéssemos asas,
Como os pássaros!… Casas
Faremos, de galho em galho…
Seremos felizes, caro
Amigo do tempo oblíquo…
Saudade faria morada
Em nosso peito perspícuo?…
A mágoa voaria pra longe…
A lágrima sorriria
De felicidade pia…
Ousaria alguma tristura
Despertar-nos da quimera?…
Viveremos sem amargura,
Tão segura na moldura…
Autor: Edigles Guedes.