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Manhãs



Amo as manhãs que tecem as plácidas nuvens no céu…
Amo o salgueiro imponente, embalado pela canção
Vã de ninar dos ventos sibilantes; tardo, pois não…
Amo as tardes sonolentas de brinquedos senis…

Quem escondeu o meu trenzinho de metal tão barato?…
Quem me ofendeu com sorriso desmazelado, sem tato?…
Quem me desceu a mão, com violência, fazendo-me triste,
Como triste é o canto da araponga?… Minto? Me riste?

Amo o tinir inexorável do ritmo do relógio…
Amo o frigir dos ovos numa frigideira qualquer…
Amo o pingar das águas no chuveiro, banho me quer…

Quem escondeu o meu queijo de Bodocó, desacato?…
Quem me ofendeu com esgares de palhaço?… Caminha pato,
Jeito de quem desengonçado repara o cós da calça…

Autor: Edigles Guedes.


Desgosto de Onda



Por pouco, recreia;
Sobejo, chateia?
Aranha sem teia?

A pouca areia,
Em praia, tonteia?
O ritmo sereia?

Pergunta que ronda
Por quengo afora…
Resposta me sonda;
Por dengo, me chora…

Desgosto de onda,
Vagueia por dentro
De mar, um sem centro
De si, me esconda!…

Autor: Edigles Guedes.


Maçã



Vermelho ou verde que seduz.
Talvez o profundo se deduz
De sua lisura com delícia.
Perfaz a ventura com carícia,

Acaso tivesse a vivência
No bucho… Porém, de previdência,
Que sofre, se prostra à cadência
De ritmo voraz, por contingência.

Costura o júbilo em rútila
A pele, de pávida em mútila
Dentada, capaz de fuzilar

O gosto, a fome saciar.

O verso, que tomo, se compraz
Em vê-la deitada, de cartaz.

Autor: Edigles Guedes.


Aquário de Vida

À mercê dos favônios, Bisviver jigajoga, Bajogar a conversa, Retisnar os neurônios… Lida que se renova. Quem me dera essa trela… Fá...