É pequena a pulga, escura e pula;
É treteira e suga o sangue pio.
Ah! debruça, pura e sã: desdita,
Feito carne na panela, frita.
Ah! veneno das manhãs de inverno!
Neve alguma cai no seio materno
Do sertão, que cheira ao nu licorne…
É miúdo o meu carinho, pune
Tão pertinho; vai, mansinho; pisa
Dengo; move mãos, divã, mulher;
Torce pernas, pés. Nariz requer
Cheiro tão sublime, minha Alteza!
Pode não… Esconde, minha bela,
No tugúrio! Ou: fera engole, anela…
Autor: Edigles Guedes.