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Por que Amo?



Por que amo, com tal força,
Estas flores
calcadas,
Por pés incautos, tardos,
Que dano
s me entrelaçam?

Por que amo? Por feitio,
A meia adriça, bêbado
Por perfume; fastio;
A química do cio,

Que me
dispõe na esquina
Da ilusão, por teus beijos;
Teu bailar de felina;
Fera punge
traquejos.

Por que amo, com tal força
Cilígera,
essa moça?

Autor: Edigles Guedes.


Concedo-te um Beijo — Um



Concedo-te, encarecidamente, um beijo;
Não o concedo como quem concede esmolas,
E anuncia aos sete ventos do oeste e leste,
Com sete trompas dos anjos do Apocalipse,

A sua grande conquista, a proeza inaudita.
Isto, jamais eu faria; sequer em pensar,
Brota em meu âmago tal sentimento fugaz.

Concedo-te, secretamente, um lídimo beijo;
Porquanto somente em secreto é que os beijos
Carecem de assaz concessão, de quem os concedem;
Ainda que sejam beijos fugazes e inauditos…

Desses que surgem de manhã, em ato concebido,
Pra logo se esvair na face de quem os recebeu,
Sem os deleitar, sem os notar, sem gota de pejo!…

Autor: Edigles Guedes.


Pejo



Te amo sem pejo.
Por quê? Simplesmente
Te amo; carente
Que sou de teus beijos

Na minha faceta
De bruto, sem zanga.
O brio na gaveta
Escondo; jamais,

À mostra, eu trago…
E perto de ti,
Senhora, eu vi,

A cor colibri,
Nos olhos comi…
Te amo demais…

Autor: Edigles Guedes.


Regaço



Suspenda os passos…
Suspiros que bailam
Em boca tardia…
Confesse, me ama,

E vamos à cama…
Espera os laços
De surdos abraços…

E, hoje, me brindam
Os beijos de lábios…
Os ditos sábios,
Ao pé de gemido…

Regaço cerzido
À nota bravia,
De quem te colhia…

Autor: Edigles Guedes.


Trago Flores



E trago flores
Nas mãos risonhas.
E tu me sonhas
Nos braços. Cores

De íris rodam
Mundéu afora.
Ao léu, agora,
Os beijos podam.

E trago dores,
Também, de vida
Cruel, de lida

Babel. Se fores,
Me traga figo

Final que digo

Autor: Edigles Guedes.


Senhora e Eu



Senhora, não te agaste!

O céu, por bento, confirme
O meu desígnio de nobre
Ventura
Siso de cobre,

Que tenho, não o rejeito;
Embora goste sujeito
À rédea curta e firme.

Senhora, não me brindaste
Com beijos cálidos, fartos
De lábios tardos, infartos
Com
vistos braços e laços!

Devoram vis embaraços,
Enquanto deito-me, suxo,
Em berço largo de luxo.

Autor: Edigles Guedes.


Falta



Senhora minha,
Perdoe sina
De quem te ama,
Na dura cama,

Na doce lida.
Por toda vida,
Jungidos vamos
De mãos atadas,

Em via justa.
Os beijos damos
Na boca. Custa

Ouvir as fadas,
Que dizem nada
Por falta fina?

Autor: Edigles Guedes.


Carinho



Arrostei os olhos do perigo
E crestei as mãos, por desaviso.
E dormi nos laços da insone,
Que me faz sonhar em desabrigo.

E sonhei nos braços de ciclone;
Saciei-me, lúbrico umbigo.
E pousei os lábios em peitilho
De mulher, carente de carinho.

Destronei os beijos de gigante
A cobiça; seio palpitante
Desfraldei; luxúria desfrutei.

Em momentos tristes de amor,
Me calei; fechei o dissabor,
Que da flor gozei e gozarei!

Autor: Edigles Guedes.


Manhã ao Luar



Dessa manhã jogada ao luar,
Como se joga milho ao acúleo
Dó galináceo.
Ávido sustento,
Pó que ingere… Pávido, do galo

Brota o grito; grave, a goela
Solta o livro lorde; acastela,
Dentro do peito, férvido ardor;
Duro ardor por beijos e calor…

Dama, de ti evola o perfume…
Tanto estimo, quanto afervento
Lar de prazeres muitos: o regalo.

Lábio de Lua lépida consume
Lábio o meu, ao corpo despertar…
Lábio: amor ao píncaro hercúleo…

Autor: Edigles Guedes.


Convés



Comi. De viés,
Falei: — Que comida
Soberba! Brinquei?
Verás que a vida,

De livro aberto,
Ensina cartilha.
Querer a sextilha
De beijos, decerto.

Comi, de revés,
Os vossos mirantes.
Advém, no tocante.

Convés que fiquei
Por ti, esperar…
A onda pingar…

Autor: Edigles Guedes.


Estima



Sojigado ao torso teu, um lago de amores.
Submergido ao peito teu, um pranto de dores.
O sustém dos lábios teus, contém pormenores.
O também de beijos teus, mantém dissabores.

A morgada palra tua, a rima de cismas.
A dengosa palma tua, os ricos odores.
Buliçosa mão debruada em tarde de flores.
Devastadas rosas floram, âmago abisma.

A loquela: valsa tua, opimos favores.
Compungido ao braço teu, oprimo fulgores.
Estorvado laço teu, exprimo toleima.

Enjeitar cantor que vem falar de jiboia.
Alumiar valor de quem calar a tramoia!
Esbulhar calor de quem te quer e estima!

Autor: Edigles Guedes.

Beijos



Quisera Deus! que sentisse vossos beijos,
Assim se sente o parir de mil desejos,
Que come siso de homem tão devoto
Aos vossos dogmas de fêmea mais garrida.

Quisera Deus! que cedesse vossas brigas,
Assim se cante o fluir de cem canhotos…
Que fome!… Piso o sujeito tão carente
De vossos crassos carinhos mais ausente.

Quisera Deus! que tecesse vossas teias…
Mulher pacata, mas sangue ferve em veias…
Que sede!… Sugo o leite; gosto muito

De mãos cruas, são-me benesses gratas, fruito.
Quisera Deus! que sondasse vo
ssos braços
Em longos beijos que dá-me vossos laços.

Autor: Edigles Guedes.


Gozo



Ser amado por quem nos ama
É a Dádiva, sim, na cama.
Quando, pálida, Dama calma
Uiva, rosna — delírio em alma!

Amo, macho escravo… Dedo
Méleo e móvel, que prende o medo…
Dentes doem; arregaçam, tredos…
Dentes moem; estragam, ledos…

Pés fenecem, abrolham — lírios
Cantam, brutos, ceitis delírios.
Mãos apalpam, procuram as mãos

Outras, rogam por beijos sãos.
Sou feliz no sentir, Pinóquio.
Gozo; e meço gentil delíquio.

Autor: Edigles Guedes.


Senhora



És a Senhora alquimias que ser?
És a Ilusão do bom modo sobejo?
Doce carícia grita no seu beijo.
Vivo, em curto, vago padecer,

Desde que foste: mar de xingamentos!
Venhas que forte e bela em vestidos,
Chitas de mui carmim, por mim curtidos!
Ardes-me dentro, lar de sentimentos…

Corpo danoso, deixa-me olhos pasmos!
Curvas palpáveis, põe-me em orgasmos!
Múltiplos beijos, leva-me às alturas!

Sorvo louváveis ares de perfumes,
Vindos de tua pele: faca e gumes!
Como você, subtil Dama, me atura?

Autor: Edigles Guedes.


Aquário de Vida

À mercê dos favônios, Bisviver jigajoga, Bajogar a conversa, Retisnar os neurônios… Lida que se renova. Quem me dera essa trela… Fá...