Cheiro de
goiabada sobe pelo ar,
Mas é só
lembrança do antigo lar,
Em que maravilhosa
doceira —
Minha mãe
— fazia suas guloseimas…
A
atmosfera transpirava seu suor
De fogo e
fogão, calor e pudor…
Ela mexia
o tacho co’uma colher
De pau;
colhia nos braços de mulher
Uma porção
da calda; provava-a,
Que
sorria para mim seu sorriso
Transcendental.
O quitute aprovava!…
Hoje, eu
sou tão distante, magoado?…
Hoje, eu
sou um mequetrefe marisco…
Longe e
longe mar, coral salgado…
4-8-2012.