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Pai que Sonhei



O quepe, na cabeça, a mimar.
O sabre descostura com a mão.
Tapete, que sondava cafuné,
Agora, decretava um revés.

O sonho que retém o caminhar.
As nuvens, no terraço, pipocar.
Bigode inquieto… Outorgar
Uns ares de fidalgo… Desmentir

Desenho de cachorro ardiloso.
E, presto, arrebento o sorriso.
Estendo as mãozinhas ao longevo

Idoso. Gratifica gargalhada.
Com riso, circunscrevo abobada
Palavra, que me leva, buliçoso.

Autor: Edigles Guedes.


Cemitério



Longe, muito longe daqui,
Houve fato fútil, de rima
Leve, solta; doce estima
Brota, como mal de zumbi.

Noite faz terror de zabumba.
Passo moitas mil; cemitério
Late muitas almas: mistério
Dobre; fora, ventos; a tumba

(Cão que dorme, lago de sonho;
Mocho coça perna pirata;
Gato vivo anda risonho)

Abre, sim, desperta coveiro,
Ouve voz de sonsa barata.
— Mãos estica, pai de chiqueiro!

Autor: Edigles Guedes.


Vencido



Porventura o soído de peito meu me entontece?
Por que a moça falsa me dera seu ferimento?
Se proscrito vago por ruelas, sem pagamento
Por serviços magros; divago, sem o se apresse.

Porventura o doído de jeito meu me arrefece?
Por que a moça sonsa me dera seu arrebique?
Diadema canta mistério seu e chilique.
Um lamento trova; alvoroço seu concedesse.

Que calor troveja em meu talvez peregrino!
Que clangor suspeita por seu algoz desatino!
Uma escada eleita capricha em pétreo castigo.

Os flagrados, mão na botija, pai com desgosto.
Os vizinhos falam à boca torta, opostos.
O vencido vinga, ao vencer por bônus amigo.

Autor: Edigles Guedes.



Aquário de Vida

À mercê dos favônios, Bisviver jigajoga, Bajogar a conversa, Retisnar os neurônios… Lida que se renova. Quem me dera essa trela… Fá...