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Sofá



Deitado nos braços…
Cativo por laços…
Afável, capaz
De tudo, apraz!

Delícia: regaço
Gentil me congraço.
O crivo mordaz
Que mágoa me traz.

Regalo-me, caço
Amor no terraço.
Calor, almofadas.

Recordo: desfaço
Qualquer embaraço.
O conto de fadas.

Autor: Edigles Guedes.


Coragem



Atino com Existência, que redime
A mágoa, no exclamante calabouço
Do peito, num aljube de bramidos…
O plácido Minuto, que me oprime

O cálido desejo de formosas
As mãos, em madrugada de aflição…
O nítido paquete me comprime
O tórax de Esperança, que fugaz

Navega pelas sete freguesias…
Retumba forte assaz Monotonias
Das Horas claudicantes em relógio,

Com ácidas manobras dos ponteiros…
Coragem de Pintinho em galinheiro,
Enquanto Malandrim anda à espreita…

Autor: Edigles Guedes.


Um Beijo na Fronte



Regaços mil de maravilhas
(Que gozo, mais!), nas redondilhas
De abraços vários… A Senhora
Cativa em braços namorados…

Me põe de lúcidos os joelhos
Aflantes… Pernas que suportam
O peso ingente das blandícias…

As mãos escorrem no espinhaço,
Que nem a mágoa no chuveiro…
Um banho para refrescar
A carne, cheia de avidez…

Mas, onde guardo as pudicícias?…
Um beijo casto afivelei
Na fronte afável do meu bem…

Autor: Edigles Guedes.


Dizes Adeus



Quando me dizes adeus,
Algo me põe de sandeu…
Mágoa será que rompeu?…
Trégua na língua gemeu?…

Houve um desvairo nos mares…
Ah! se me louca brigares,
Serei feliz com a sina;
Porém, você me previna,

Caso desgoste de mim.
Eu, que desvivo sem ti,
Decido ter o adeus
Debaixo, rude, dos pés.

Antes chorar com desgosto,
Que ver partir ao sol-posto.

Autor: Edigles Guedes.


Mágoa



Sombrinha tácita, na mão,
Girava aquém, girava além…
O pé, depressa, faz alguém
De leso — cisma que brotava

No meu regaço; vegetava
Por siso afora, de bufão.
Gozar o beijo por vintém?
Sonhar que pode; intervém,

Porém, donzela com vergonha.
Acanho viça; mas, proponha
Um dócil ósculo na fronte,
Àquela, não que desaponte…

Justo é que pague com chorar,
Quem tanta mágoa deflorar.

Autor: Edigles Guedes.


Tivéssemos Asas



Ah! se tivéssemos asas,
Como os pássaros!… Casas
Faremos, de galho em galho…
Seremos felizes, caro

Amigo do tempo oblíquo…
Saudade faria morada
Em nosso peito perspícuo?…
A mágoa voaria pra longe…

A lágrima sorriria
De felicidade pia…
Ousaria alguma tristura

Despertar-nos da quimera?…
Viveremos sem amargura,
Tão segura na moldura…

Autor: Edigles Guedes.


Favorita



O mar cobiçando
Das ondas, fineza.
O lar dardejando
A flecha mui tesa.

Saudade liberta,
Mas sigo por certa
A rota que tira
A mágoa. De lira

Em punho, chilreio
Cantiga. Passeio
Por nau singular.

O calo me grita
Do pé. Favorita
A mão por versar.

Autor: Edigles Guedes.


Regato



Regato que chora
As lágrimas frouxas;
E brinda-me risos,
Escárnios tão roxos,

Que deixam-me fútil.
Nariz desempino,
Pensares rumino.
Me queima na boca

A mágoa de peixe
Mirrado. Faleço
Por dengo de broto

Ou mina faceira?
Assaz lisonjeira
Canção desabrocha…

Autor: Edigles Guedes.


Aquário de Vida

À mercê dos favônios, Bisviver jigajoga, Bajogar a conversa, Retisnar os neurônios… Lida que se renova. Quem me dera essa trela… Fá...