Mostrando postagens com marcador Sonho. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador Sonho. Mostrar todas as postagens

Lábios de Bombom



O célico prado…
Lampírio que voeja…
Um sonho de alado
Ou mimo de sonho?…

Caiu-me na palma
Da mainça um chuvisco;
Quedou-me um suspiro
De manso encantado…

Retiro da palma
De minha cabeça
A ideia de um beijo…

Estalo de lábios —
Bombom, hum! à beça,
Que tanto me acalma!…

Autor: Edigles Guedes.


Esquina e Gula



A noite rubra

Que sonho fino!
Que paz de fruta,
Com tanto mimo!


Cansei de ti,
Dos mimos vários;
Cansei de mim,
Dos vis contrários.

E sei que sou
A dura vírgula
E pranto tal.

Mas, deito; estou
Esquina
a gula
No grão final.

Autor: Edigles Guedes.


Pai que Sonhei



O quepe, na cabeça, a mimar.
O sabre descostura com a mão.
Tapete, que sondava cafuné,
Agora, decretava um revés.

O sonho que retém o caminhar.
As nuvens, no terraço, pipocar.
Bigode inquieto… Outorgar
Uns ares de fidalgo… Desmentir

Desenho de cachorro ardiloso.
E, presto, arrebento o sorriso.
Estendo as mãozinhas ao longevo

Idoso. Gratifica gargalhada.
Com riso, circunscrevo abobada
Palavra, que me leva, buliçoso.

Autor: Edigles Guedes.


Perfume de Sonho



O sonho a sonhar-te…
Te fez um favor:
Encheu-te de carne…
Restou, com amor,

O lábio de flor…
Cativo, contigo
Me firo; doído,
Me giro; castigo

De afeto com dor…
Evola perfume
De ti, que consume

Um beijo perdido,
Em rosto cingido
De cinza e calor…

Autor: Edigles Guedes.


Porta



Que abre e fecha
O cofre de fera.
Madeira de lei…
Me deixa por rei

Em casa ou ninho.
Um tal passarinho,
Imune por ti.
Conchego, que doce,

Me faz o sorri.
A mão, que na fouce,
Melhor, que no trinco,

Me leva ao sonho,
De quando enfronho
Amor com afinco.

Autor: Edigles Guedes.


Aurora



Enfado me chega
Em hora marcada?
Aviso mandar?
O nem que em sonho!

Aquela aurora
Que nunca me veio,
Passou de mansinho
E fez um carinho,

De longe. Alheio,
Desfaço, agora,
O cenho tristonho.

Navego por mar?
A onda agrada?
O lar se achega…

Autor: Edigles Guedes.


Vênia



Quem me dera suportar a cruz penosa!
Sou um mero pecador mortal, ingrato.
Não consigo sustentar veraz pecado
Meu, nos ombros. Tolerar voraz, pacato,

Sonho? Nunca! Carecer de voz, lorota,
Língua porca. Padecer de tanto sono.
Verme, sórdido. Capaz de pranto torto.
Biltre, mórbido. Engendrar de vil outono.

Judas, púnico. Moedas são legados.
Pedro, pérfido. O galo é fraterno.
Joane, tépido. A bravura sua é que meço.

Vivo lúgubre? Viver de soez e morto.
Fundo poço de delito, Pai eterno,
Muita vênia que suplico; aos pés, te peço.

Autor: Edigles Guedes.


Aquário de Vida

À mercê dos favônios, Bisviver jigajoga, Bajogar a conversa, Retisnar os neurônios… Lida que se renova. Quem me dera essa trela… Fá...