Soa-me leve a frase febril: — Febre!
Nesse instante, tenho febre. Febre,
Não levem ao hospital; aliás, médico
Algum poderá curar-me… Cura,
Pra quê? Se anticorpos demais saram
As feridas pútridas, as chagas
Vorazes. Vivência tão humana…
Com faltas irrepreensíveis; vago
Modelo de bipolaridade,
Que se perde divido entre isso
E aquilo, discórdia raivejando
Dentro de mim, o Inconsciente
Mais que consciente me devorando,
Como a Esfinge de Édipo brando.
Autor: Edigles Guedes.