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Concedo-te um Beijo — Um



Concedo-te, encarecidamente, um beijo;
Não o concedo como quem concede esmolas,
E anuncia aos sete ventos do oeste e leste,
Com sete trompas dos anjos do Apocalipse,

A sua grande conquista, a proeza inaudita.
Isto, jamais eu faria; sequer em pensar,
Brota em meu âmago tal sentimento fugaz.

Concedo-te, secretamente, um lídimo beijo;
Porquanto somente em secreto é que os beijos
Carecem de assaz concessão, de quem os concedem;
Ainda que sejam beijos fugazes e inauditos…

Desses que surgem de manhã, em ato concebido,
Pra logo se esvair na face de quem os recebeu,
Sem os deleitar, sem os notar, sem gota de pejo!…

Autor: Edigles Guedes.


Gastei-me


Gastei-me, a sério, ao ver-te sobranceira;
Deitada debaixo de prófugo jambeiro.
Bom-dia que vai com as pressas ao barbeiro;
Não espia de lado pra flor, sobremaneira.

Gastei-me, chistoso, ao ver-te, de maneira
Que esses impávidos olhos, os solteiros,
Deitaram atenções demais, tão mexeriqueiros!
Pejei; sabia não que nublado Céu, faceira,

Capaz era o seu despejar de Anjos alados!
Havia em mim Sonho perdido por brunido
Amor, tanto raro, quão casto, ora sofrido!

Qual Anjo que agita duas asas, lado a lado,
E voa ao serviço frenético de Deus…
Ligeiro, gastei-me nos olhos, ó olhos teus!…

Autor: Edigles Guedes.


Aquário de Vida

À mercê dos favônios, Bisviver jigajoga, Bajogar a conversa, Retisnar os neurônios… Lida que se renova. Quem me dera essa trela… Fá...