Mostrando postagens com marcador Cabeça. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador Cabeça. Mostrar todas as postagens

Lábios de Bombom



O célico prado…
Lampírio que voeja…
Um sonho de alado
Ou mimo de sonho?…

Caiu-me na palma
Da mainça um chuvisco;
Quedou-me um suspiro
De manso encantado…

Retiro da palma
De minha cabeça
A ideia de um beijo…

Estalo de lábios —
Bombom, hum! à beça,
Que tanto me acalma!…

Autor: Edigles Guedes.


Pai que Sonhei



O quepe, na cabeça, a mimar.
O sabre descostura com a mão.
Tapete, que sondava cafuné,
Agora, decretava um revés.

O sonho que retém o caminhar.
As nuvens, no terraço, pipocar.
Bigode inquieto… Outorgar
Uns ares de fidalgo… Desmentir

Desenho de cachorro ardiloso.
E, presto, arrebento o sorriso.
Estendo as mãozinhas ao longevo

Idoso. Gratifica gargalhada.
Com riso, circunscrevo abobada
Palavra, que me leva, buliçoso.

Autor: Edigles Guedes.


Verso Martela



Um verso martela
Na minha cabeça,
Não leva consigo
Balela, nenhuma.

Não traz o refúgio
Ao pé de si mesmo.
Avante prossegue,

Tal como paquete
Que singra o Oceano,
Por simples brinquedo.

Um verso martela,
Sem pé ou cabeça…
Conduz-me em abraços
Amigos, mas tardos…

Autor: Edigles Guedes.


Quimeras, Ficção




Quimeras flutuantes,
Que dão-me muito gosto
À boca degustante!

Os sonhos já vetustos
Estão. O que comento,
Em noites vãs, sozinho,
Sentado no terraço

De casa, com cachorro,
De viés, olhando, manso?
Cadeira de balanço,

Embal
a-me no colo!
O dedo, quieto, coça
Cabeça fatigada…
Ficção desdenha,
troça!…

Autor: Edigles Guedes.



Sina



A sina surda
Me poupa vista
De torta vida.
O fado mudo

Me faz ouvido
De Seu Doutor.
Destino cego
Convida prego;

Martelo bate.
Cabeça late.
O cão, fedido,

Me pe
rde tudo
E não vi nada,
Mas siso brada!

Autor: Edigles Guedes.


Cavalo



Cavalo partiu.
Corrida surgiu.
A crina que voa
Bastante, de tola!

Os pés de poeira
Sustém capoeira
No ar. A coceira
Me pega; bobeira

De quem a tristura
Amarga, teimoso.
Cabeça: fritura

Ao vento viçoso.
O trote censura
Arrojo mimoso.

Autor: Edigles Guedes.


Leito



Pinóquio à mesa.
O vento volteia.
Um forte briguento
Disputa por mão

De bela donzela.
E durmo que deito.
Convém contramão.
Lobato, franqueza.

Aranha em teia.
Sabugo sedento
Discute com cão,

Por tênue mazela.
E pouso no leito:
Cabeça, que não…

Autor: Edigles Guedes.


Cuscuz



O tronco de cone,
Que nunca por clone
O dito passou.
Cabeça de grou.

Compacto vigor
Que goza favor
Da séria natura.
A simples brandura

Dilata os flocos
De milho. Os blocos
Suspiram fumaça.

Vapor que abraça
O cróceo do leito;
Mas eu me deleito!

Autor: Edigles Guedes.


Aquário de Vida

À mercê dos favônios, Bisviver jigajoga, Bajogar a conversa, Retisnar os neurônios… Lida que se renova. Quem me dera essa trela… Fá...