De
muitos os sonhos, que tive pequeno,
Se foram depressa. Disseram
adeus?
Asinha partiram, e, sim, me deixaram
Com tanto
salgado na língua. Museus
De tralhas, gargalo de micos
longínquos,
Me torno. Respiro profundo, retomo
O fôlego.
Voz desvanece nos ares.
Me lembro de tempos pretéritos,
vivos
Em quengo desperto, capaz de sorrisos
Imensos: a
praça nutrida de gentes;
As pipas que voam; pipocas
assadas;
Os peixes, em tanque; domingos no parque.
Mas
tudo se foi. Desembrulha a quimera
Um riso de escárnio; vagido
vertera.
Autor: Edigles Guedes.