Âncora de dor

Edigles Guedes

Ataca e recua sua doce onda elétrica…
Percorre o meu corpo, como atlética pista…
Salta-me com suspiros de frenética
Bailarina, em seu balé sem cordas autistas…

Esgrime com minha sorte de funâmbulo…
Escarnece de minha dor sedentária,
Como tal Pitágoras sem reto triângulo…
Foge de minhas angústias funerárias…

— Quem és tu? Digas-me logo, Amor íngreme,
O que vieste fazer em meu íntimo com trauma?
— Eu sou um barco à deriva, sem rumo ou leme…

— Quem és tu, insano Amor? Quem ousaria brincar
De cego, mas enxergando no escuro d’alma?
— Eu sou âncora de dor em seu coração a fincar…

23-12-2010.

Aquário de Vida

À mercê dos favônios, Bisviver jigajoga, Bajogar a conversa, Retisnar os neurônios… Lida que se renova. Quem me dera essa trela… Fá...