A Manicure



Edigles Guedes

Mansa, de olhos humílimos, movimenta

Apurado pincel de gênero dúbio;
De gênio forte e rudo, cujo dilúvio
De esmaltes cobre milimetricamente

Cada unha da freguesa, com sua tormenta

E bife à sobremesa, a espiar o cantinho
De carne fresca que sobrou no dedinho.
Aliás, lava as mãos com carinho decente;

Livra-se, à saúde, dos micróbios nocivos.

Desenha, exímia, esses corações cativos,
Essas rosas obsoletas, esses cravos

De odores lírios, essas magras orquídeas...

Destarte, se enfeita flores trigonídeas
No jardim de unhas porcas, poucos centavos!...

21-9-2011.

Aquário de Vida

À mercê dos favônios, Bisviver jigajoga, Bajogar a conversa, Retisnar os neurônios… Lida que se renova. Quem me dera essa trela… Fá...