O Fogão



Edigles Guedes

Arde com ardor de crepitantes pérolas,
Quando a Madrugada altaneira foge aos uivos
Das mendazes bocas, que comem abrasivos
Ares dentro de mim… Amanheço, de alfolas

Vestida está a Lua, desabrocha labaredas
No forno escaldante… Coruscantes fagulhas
Costuram, tecem, cortam, picam, como agulhas
De mosquitos vorazes… Céus com abóbedas

Côncavas de nuvens e corrupios infantis…
Ofuscam precipícios, píncaros, alcantis,
Cumes, o fogão co’ incandescentes caiçaras…

É num poema que minhas mágoas desafogo…
Quem me dera queimar em mil línguas de fogo
Todas as lembranças de Amor, que me são caras!…

24-9-2011.

Aquário de Vida

À mercê dos favônios, Bisviver jigajoga, Bajogar a conversa, Retisnar os neurônios… Lida que se renova. Quem me dera essa trela… Fá...