No Fado meus Olhos eu Pasci


Edigles Guedes

Jaz-se na mesa, meu sonho, débil devaneio;
Entretanto, ao pesá-lo na reta balança,
Vejo que a jazzista moça de olhos vendados
Pouco me favoreceu com a soez espada.

Desculpe-me, gentil Dama, do que estou a falar?
Por uma linha, escapuli do afogamento
Na beira do mar; mas, marinheiro – que nasci
Sem saber – não padece em águas de veraneio.

Por um triz, tiro – perseverante em sua andança –
Alveja-me sem alarde de ases alados;
Cicatriza-se a alma de minha mão calada.

Tantas desventuras sem armas a açacalar;
Tantos reinos vistos, barões ou fingimentos…
Ah! Dama, alfim, no Fado meus olhos eu pasci!…

8-9-2011.

Aquário de Vida

À mercê dos favônios, Bisviver jigajoga, Bajogar a conversa, Retisnar os neurônios… Lida que se renova. Quem me dera essa trela… Fá...