Edigles
Guedes
Jaz-se na
mesa, meu sonho, débil devaneio;
Entretanto,
ao pesá-lo na reta balança,
Vejo que a
jazzista moça de olhos vendados
Pouco me
favoreceu com a soez espada.
Desculpe-me,
gentil Dama, do que estou a falar?
Por uma
linha, escapuli do afogamento
Na beira
do mar; mas, marinheiro – que nasci
Sem saber –
não padece em águas de veraneio.
Por um
triz, tiro – perseverante em sua andança –
Alveja-me
sem alarde de ases alados;
Cicatriza-se
a alma de minha mão calada.
Tantas
desventuras sem armas a açacalar;
Tantos
reinos vistos, barões ou fingimentos…
Ah! Dama,
alfim, no Fado meus olhos eu pasci!…
8-9-2011.