O Galhofeiro


Edigles Guedes

Fenecem as flores nos campos longínquos e brandos;
Frutos redondos, rechonchudos, quedam das umbrosas
Árvores, que sentam suas dúvidas na Primavera:
Será que vem ou não vem o ecúleo lhano, deveras?

Que tormento é esse, que aguardam todos os tais quejandos?
Eis o frenesi alheio do menino de asas fogosas.
O joão-de-barro, tonitruante, constrói seus cômodos;
A andorinha, felicíssima, brinca com os lodos;

O salgueiro, exemplar, despede-se de suas folhas,
E chora, desnudo, seu pejo, e vãmente ele sofre;
O sábio sabiá guarda tudo em mente, baú de cofre.

No lago azul, alguns galhos navegam como rolhas.
E a flecha do Cupido, galhofeiro, mira em alvo:
Inventa de acertar em cheio meu peito de Amor calvo!

7-9-2011.

Aquário de Vida

À mercê dos favônios, Bisviver jigajoga, Bajogar a conversa, Retisnar os neurônios… Lida que se renova. Quem me dera essa trela… Fá...