Édipo que Jamais Existiu



Edigles Guedes

Pálida estava, como uma rosa anêmica,
Sem braços de jardineiro para colhê-la…
De súbito, ela desfalece – qual estrela
Ofuscada pela luz do Sol ou química

De solúvel com solvente. Sua boca flébil
Sorve o ar bastante lentamente, ritmo valsa
Lânguida, ao sabor fugaz de farsa falsa…
Encanto-me por seu canto de lábio débil.

Vejo-o e meus sentidos anuviam-se… Escurece
O dia – claro enigma de esfinge atroz; fenece
O Édipo que jamais existiu em mim?… Lépido,

Ergo a formosa Dama nos meus braços. Longo
Beijo, desesperado, eu disparo: milongo
Que nos afoga no rio de ensejo crépido!…

1-10-2011.

Aquário de Vida

À mercê dos favônios, Bisviver jigajoga, Bajogar a conversa, Retisnar os neurônios… Lida que se renova. Quem me dera essa trela… Fá...