A Vingança da Sédia


Edigles Guedes

Sentava-se naquela cadeira acolchoada.
E, confortavelmente, lia os jornais caducos
Da semana passada: lá, monges malucos,
Budistas, incendiavam almas desalmadas.

Impassível, nenhuma compaixão desagua
Em seu coração de touro bruto: reduto
De ignomínias, de opróbios; ele, pois, é fruto
Do leito de infortúnio e da incontida mágoa.

Triste e decepcionada, a sédia gela grito;
E escorregam pés ambulantes. Fez-se mito
A queda do homem por singela, porventura.

Mas, eu não sou herói algum de revista em quadrinhos;
Antes, ingente floresta sem passarinhos,
Porquanto compaixão se tornou desventura.

7-10-2011.

Aquário de Vida

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