Fruto que se Come por Miúdo



Edigles Guedes

Se me apaixonei por teu ombro curvo…
A culpa, decerto, não fora minha;
Porém, sim, dessa curva, ora daninha,
Que faz o teu ombro baloiçar tão turvo.

É que paixão se sofre o sofrimento
À toa; como andorinha, sozinha, voa
Para longe… E muito distante ressoa
Seu uivo de dor e duro passamento…

É mítica a cadeira de balanço
De teu molejo: requebro, sem ranço,
De ombro que estonteia meu ser carrancudo!…

Pois, quer frígida, quer libidinosa,
Apaixonei-me, decerto, ó incendiosa
Paixão: fruto que se come por miúdo!…

2-10-2011.

Aquário de Vida

À mercê dos favônios, Bisviver jigajoga, Bajogar a conversa, Retisnar os neurônios… Lida que se renova. Quem me dera essa trela… Fá...