Edigles
Guedes
Que
malquerença é essa, semeada aos poucos
No teu
peito inerme?… Pélagos loucos
De loucos
beijos e desejos moucos,
Calados em
grandes fossos, cavoucos!…
Ingentes
esforços eu já fiz, faço
Para
abrandar as procelas de mau aço;
Pois minha
nau navega por vil sirte,
Que me
beija ali, nem guart-te sem tir-te…
Que
malquerença é essa, que dá asas-pipas
À imaginação
para me censurar?…
Repreende-me,
deveras, mete as ripas,
Pelas
palavras de Amor jamais ditas…
Porém,
sempre hei de (quem sabe?) procurar
E desfazer
infortúnios, desditas…
1-10-2011.