Edigles
Guedes
Procurei
um sentido no sem sentido que sente
A alma
gemente da gente, que anda descontente
Com o Fado:
artista arlequim, guizos de Lua algente,
Malcriada
e fatal mulher de olho concupiscente.
De tanto
procurar esqueci-me de achar o que
Procurava;
como tenra criança com bilboquê,
A qual se
esquece do tempo com terno brinquedo
Na mão
cândida e venturosa. Sim, corro e quedo.
Almejo
alcançar o infinito do pensamento,
Desbravar
a aventura néscia do sentimento,
Destronar
do meu coração trágico lamento.
Ó alma tremente!
se logrei meu intento, conheço
O fim do
fio da meada que procuro; o começo,
Mas é
duro; por isso, quero lembrar… tropeço!
8-10-2011.