Cabelos


Edigles Guedes

Lindos, mui lindos, esvoaçavam naquela tarde
De verão. Madeixas negras; e negras pérolas
De cabelos longos, pendurados nas espáduas
De Dama bela, cujos fulgores ainda me arde

No peito mancebil. Fulguras tal qual cometa,
Com sua cauda celeste de grãs madrepérolas…
Ágeis, escorrem lebres, tais línguas de tamanduás,
Que descem de tua cabeça – embarcação corveta…

Flexíveis, esfumaçam seu odor: flor de magnólia
Que se espraia pelo ar sereno. Luar de malencolia
Inunda o firmamento – aquele xadrez de estrelas…

Eis que, cá dentro, flui e punge-me as sensações várias
De quem ama esses cabelos, que me riscam co’ árias
De clássica valsa, que me fogem sem dar trelas!…

2-10-2011.

Aquário de Vida

À mercê dos favônios, Bisviver jigajoga, Bajogar a conversa, Retisnar os neurônios… Lida que se renova. Quem me dera essa trela… Fá...