Madrugada



Madrugada rubra, um grilo late na esquina da rua.
Madrugada fulva, um cão cricrila no cimo da palma.
A palavra curva explode, rompe
no fronte do lacre.
O mistério solta cordas pífias, que cantam a mágoa.

O mormaço outorga vez ao orvalho, que tange calvário.
O silêncio mora ao lado, logo empalha a garganta.
Alumiar de poste torto e grude, que lâmpada cede.
Obsequiar de beijo a esposa rude, que célica dorme.

Ataviar de mimo o crânio curto, que oculta no leito.
O cajueiro seca dores; duras castanhas serenam.
Ingazeiro geme flores; folhas farfalham amores.

O morcego mede passos; caibros que estalam, dolentes.
Caboré tresanda; sonha em sortes, que encantam a vida.
Iludida voz desata, troco de quem matinava.

Autor: Edigles Guedes.


Aquário de Vida

À mercê dos favônios, Bisviver jigajoga, Bajogar a conversa, Retisnar os neurônios… Lida que se renova. Quem me dera essa trela… Fá...