Afeição e Ausência

Edigles Guedes

Outrora, eu cantava teus beijos de bem-te-vi; íntimos
Versos, que cindiam o meu coração em gomos partidos
De laranja da manhã. Hoje, procuro, e não acho os tomos
Do livro de insônia, em que padeço de Amor. Lúcido,

Caminho por uma rua ínvia, como ínvio são os meus tratos
Para co' olhos teus, tão distantes, em terras longínquas...
Por que partiste, amada minha? Se tão encarecido
Eu mendiguei que fincasse tuas garras mais propínquas

Do meu peito refece. Fere-me afeição ingrata, ata
Na minha fronte o teu ácido sorriso, retrato
Lato em minhas mãos tangíveis. O entardecer dilata

Essa lágrima, em que tarda a ausência dessa trova
De Amor terno: urdidura de Penélope em tecido.
A verdadeira afeição, na longa ausência se prova!...

17-3-2010.

Aquário de Vida

À mercê dos favônios, Bisviver jigajoga, Bajogar a conversa, Retisnar os neurônios… Lida que se renova. Quem me dera essa trela… Fá...