No Sofá

Edigles Guedes

Engrunhido no sofá da sala de estar,
Deixo-me sopitar pelo bom cansaço
Do dia; quando, surpreso, um lindo rouxinol
Põe-se na janela da varanda a cantar!…

De súbito, seu chilreio coloca laço
De chita no meu pensamento de urinol,
Velado debaixo da cama. Sórdidos
Sentimentos de asco nublam a minh’alma!…

Revolvo-me no sofá, turbado, ávidos
Olhos de Lídia, débeis, condoem-me. Calma,
Digo de mim comigo, são pesadelos

Apenas, você cochilou, volte a dormir!…
Lídia foi-s’embora, este rouxinol belo
Restou-me por prêmio. Já ouço su’alma carpir!…

20-3-2010.

Aquário de Vida

À mercê dos favônios, Bisviver jigajoga, Bajogar a conversa, Retisnar os neurônios… Lida que se renova. Quem me dera essa trela… Fá...