Edigles Guedes

Estou só e azul é a noite noctâmbula;
Há um pio perdido de coruja comigo,
Guardado a sete chaves, como bula
De remédio de tarja preto. Pródigo

Pio, semeado no solo de mim. Sequioso
Pelo amanhecer, oiço co’os meus ouvidos:
— Tarrenego, tesconjuro! Rio bramoso,
Que corta a noite em faca sem gume, vindo

Das entranhas do meu ser em forma de pio,
A corvejar em meus pensamentos fúteis!…
Hora sem razão para certo cardápio

De filosofia indigesta; pois, a noite
Existe, e brumas indúcteis, inconsúteis,
Perpassam o pio do meu ser tão somente!…

20-3-2010.

Aquário de Vida

À mercê dos favônios, Bisviver jigajoga, Bajogar a conversa, Retisnar os neurônios… Lida que se renova. Quem me dera essa trela… Fá...