Augusto dos Anjos

Edigles Guedes

Foi enxuto, meu desditoso contentamento!
De um macérrimo esquálido ímpar. Violáceas
Olheiras deformavam o cavo retrato
Dos olhos de vizinho, ave sem fareláceas

Asas! Somente imaginação ele portava
Com asas de estro virente, bem comparável
À lua em seu passeio noturno. Perambulava
Com sua clavícula arqueada — de indefensável

Gado desmamado — pelos vãos de Pau d’Arco.
Seus sapatos puídos tagarelavam. Corpo
Quebrantava-se em sua omoplata; estrumes parcos

Alegravam seu viver. Que pena! a matéria
De verme, que eras tu, findou-se! Metacarpos
Tornaram-se lixo, em petição de miséria!…

28-3-2010.

Aquário de Vida

À mercê dos favônios, Bisviver jigajoga, Bajogar a conversa, Retisnar os neurônios… Lida que se renova. Quem me dera essa trela… Fá...