Refrães Bucólicos

Edigles Guedes

Sua mão lívida fechou-me os vãos do coração;
Aterrou-me os poços, que eu, lamentavelmente,
Cavei para dessedentar-me a sede clara,
Como o sol do meio-dia, nessa terra de sertão…

Sua mão casta, com sorriso de marfim, sente
A textura da minha pele suave e avara
Por recrear-se consigo em delírios — gráficos
De Amor olvido e, hoje, relembrado no poema

Escrito na árvore do bosque das araras…
Embala-me sua mão rota com as lágrimas,
Que regaram o jardim de utopias e ricos

Dissabores do dia a dia… Que aljôfar (cítara
Da minh’alma) persiste em cantar, melancólico,
Essa cólica de meus refrães bucólicos!…

24-10-2010.

Aquário de Vida

À mercê dos favônios, Bisviver jigajoga, Bajogar a conversa, Retisnar os neurônios… Lida que se renova. Quem me dera essa trela… Fá...