Ave que Borbotoa

Edigles Guedes

Eu estou de emboscada na sala de estar,
Meus olhos rifles estão atentos às mãos
E pés de minha presa facínora…
Eu sorvo aos goles de sedento esse ar

De ansiedade ou de angústia. Na contramão
Do Destino, acuado em abóbora aurora,
De relance, eu vejo tuas mãos sensatas
Rogar-me um ósculo de pele a pele!…

Os rifles dos meus olhos desfalecem…
As tuas mãos sequestram, como piratas,
O meu fôlego de epiderme imbele…

Ah! doces tiros de beijos!… que tecem
A sala de estar com esse perfume
De mulher — ave que borbotoa implume!…

16-10-2010.

Aquário de Vida

À mercê dos favônios, Bisviver jigajoga, Bajogar a conversa, Retisnar os neurônios… Lida que se renova. Quem me dera essa trela… Fá...