Cartilha de Amar

Edigles Guedes

Pesadas pálpebras de sono socorrem-me
Dos sonhos malfadados dessa realidade,
Que me circunda sem aparente motivo…
É madrugada seresteira e tão disforme

É essa ostra de Flaubert, que me escondo todo o dia!…
Há uma peleja sorrateira na cidade
Dos meus pensamentos à socapa, sem crivo
Ou liberdade de evasão muscular… Tardia

Lembrança — que me faz prostrar diante do sono
Amigo — recebe-me em rudes aposentos
Com quatro pedras na mão… Eis, sim (paroxítono

Pássaro que sou), como poderia me enganar
Com sonhos de Amor venturosos?… Se lamentos
São letras fortunosas na cartilha de amar…

17-10-2010.

Aquário de Vida

À mercê dos favônios, Bisviver jigajoga, Bajogar a conversa, Retisnar os neurônios… Lida que se renova. Quem me dera essa trela… Fá...