Dama sem Apólices

Edigles Guedes

Eis que a Dama se achega, bonita e empertigada,
Com seu vestido de chita rodada; prendada
Moça balança-se ao colo de zéfiro — vento
Que passa em seu caminhar de cágado bem lento…

Que lufada é esta, a qual se introduz de supetão no
Tecido alvo da cor da neve de minha Dama?!…
Ela enrubesce a face da bela lua sem dono;
O olho demais transparente, sem ação, inflama;

O seu andar de andorinha segue-se assaz ritmado.
Ó lufada sagaz!… Que se mostra astuta em luta
Corporal, face a face, co’o vestido mimado!…

Enquanto isso, eu (pobre homem de percalços e óbices)
Ensejo ser o zéfiro afável — que aeronauta
Desbrava os sete ares da Dama sem apólices!…

14-10-2010.

Aquário de Vida

À mercê dos favônios, Bisviver jigajoga, Bajogar a conversa, Retisnar os neurônios… Lida que se renova. Quem me dera essa trela… Fá...