Mãos Panteras

Edigles Guedes

À tarde, ela veste-se de perfume e aroma
Silvestre à espera do amado, que tece sonhos
De uma noite de verão… Então, súbito, assoma
O amado à porta de seu banal armarinho!…

Sobressalta-se a Dama sem camélias. Ufa!…
O decote do ombro deixa-se cair, qual pena
De ave canora ao desabrochar de sua alcofa…
Seu leve olho de plumas ao amado acena.

Num fotográfico movimento de corpo
Felino, ela esconde o que escondido está. Suas mãos
Ágeis como pantera. Logo, o amado crespo

De vergonha e sem pudor encolhe-se ao mundo
De caracol. Coração navega sem timão
Nesse sonho descontente de tão cacundo!…

6-10-2010.

Aquário de Vida

À mercê dos favônios, Bisviver jigajoga, Bajogar a conversa, Retisnar os neurônios… Lida que se renova. Quem me dera essa trela… Fá...