Mãos Enxaguadas

Edigles Guedes

Refém do medo da madrugada matreira, seco
Dos meus instintos mais íntimos, eu vou navegando
O Infinito entre um ponto e uma vírgula, co’a palavra
De entremeio. Sigo o destino de travessão pálido:

Eu procuro o tímido pássaro atroz, aquele outro
Personagem, para que juntos possamos (quem sabe?)
Tocar a valsa vienense de Drummond, em um só eco!…
Eu sinto em minha calvície de anos, vagabundando

Em mim a floresta do desespero humano, lavra
De uma existência digna de anonimato esquálido.
Nasci para ser tão somente pó da terra!… Já ouço

O bramir esquecediço da baioneta e do sabre.
São as palavras que me chamam agoniadas, vexadas,
A pularem no papel, por minhas mãos enxaguadas!…

24-8-2010.

Aquário de Vida

À mercê dos favônios, Bisviver jigajoga, Bajogar a conversa, Retisnar os neurônios… Lida que se renova. Quem me dera essa trela… Fá...