Céus sem Alças

Edigles Guedes

Nenhuma arte na porta da sala de
Estar, nenhum caminhar de cágado
Com os passos rentes ao ser de alarde
Em mim, nenhum barulho endomingado,

Nenhum cheiro no meu rosto de abrolhos
E vácuo dos automóveis cortantes
Dentes, nenhum fungar de esbeltos olhos,
Nenhum dourado beijo de pé arfante…

Mas, vestida, qual Dama da Camélia,
Você desalinha da gravata o nó.
Você diz-me doces sem contumélia;

Você desata-me o cinto da calça;
Você deixa-me estarrecido, áfono;
Você transforma a terra em céus sem alças!…

31-8-2010.

Aquário de Vida

À mercê dos favônios, Bisviver jigajoga, Bajogar a conversa, Retisnar os neurônios… Lida que se renova. Quem me dera essa trela… Fá...