Alpendre Ábaco

Edigles Guedes

Deságuo-me em pleno voo de imaginação; tenor de
Banheiro – eu não sei imitar os pássaros e seus cantos
Indígenas. Aprendi na carpintaria da vida
A ser originalmente eu mesmo e nada além de mim!

Vivo sem as pretensões de passarinho canoro,
Sobrevivo nas asas do plenilúnio axífugo.
Centrífugo em meu umbigo, eu não sei das viagens de Marco
Pólo, de Júlio Verne, ou de Gulliver. Estou longe

Dos aventureiros de finais de semana!… Aboiado
Em minha espreguiçadeira dou o braço a torcer: lida
Distante de mim, preciso dialogar com aleli…

Homem de rudes palavras, vocabulário ápodo
Da noite sem fuga de Bach!… Desmemoriado fungo
Eu sou, debaixo do alpendre da cor de aberto ábaco?

24-8-2010.

Aquário de Vida

À mercê dos favônios, Bisviver jigajoga, Bajogar a conversa, Retisnar os neurônios… Lida que se renova. Quem me dera essa trela… Fá...