Noite Pulcra e Peralta

Edigles Guedes

No rodapé da calçada, eu navego
As horas de ignóbil caminho avante!…
Perseguir-me-á, cravada em poste cego,
A lâmpada elétrica, doravante…

Evanescente sombra que me angustia…
Por que me segues em noite regada
Por penumbras das pernas rotas da tia
Lua? — Seara de nostalgia malfadada…

É esta em que me bebo a moléstia suja
Das horas engendradas por suicidas
Mandíbulas do ser que era eu… Enferruja

Em mim os motins de navio pirata;
Gruda em mim teu beijo, que me homicida
Na bacia da noite pulcra e peralta!…

4-3-2010.

Aquário de Vida

À mercê dos favônios, Bisviver jigajoga, Bajogar a conversa, Retisnar os neurônios… Lida que se renova. Quem me dera essa trela… Fá...