Fernando Pessoa

Edigles Guedes

Teus olhos de gênio oblíquo, perdidos
Por entre óculos anafados. Tidos
Por espectros de sombra de tua face
Fácil, esguia, lânguida, adelgaçada.

Nariz aquilino, travessão oblongo.
Andar esquipático, mocorongo.
Teu cérebro engendrava, num enlace
Descomedido, a sina da algraviada

Co’o sensacionismo de tuas equações
E o interseccionismo de tuas digestões
Na tu’alma, num cansaço de tristeza!…

Perene é o espaço da acre cirrose
Hepática, que comeu o teu bigode
Tão distinto: triângulo de beleza!…

31-3-2010.

Aquário de Vida

À mercê dos favônios, Bisviver jigajoga, Bajogar a conversa, Retisnar os neurônios… Lida que se renova. Quem me dera essa trela… Fá...