Edigles
Guedes
Despeço-me
do monstro marinho
Sem lenço
na mão para acenar-lhe
Um adeus
de longuíssima data!…
Não trago
comigo esse carinho
De
infância perdida ao saltar pipas,
Brincar de
esconde-esconde… Fiz tripas
Meu
coração duro, empedernido…
Eis que
nem martelo com rugido
Quebra-lho
em fagulhas!… Oh! desata
Esse
cálice de mim na calhe
Que sigo
por entre pulcras pedras!…
Quanto me
pesa um adeus não dito!…
Levo na
bagagem o olho fito
Na
muralha: que pedras! mais medra!…
10-3-2012.