Garças Arlequíneas



Edigles Guedes

As garças voam por sobre o céu finito

De águas guelras e tímidas. Não minto,
Quando afirmo: que ando farto e faminto.
Tanto verme pensamento ou detrito

Quanto cloaca sentimento ou sentido...

Aflige-me o transe de tão treslido
Destino, que sem tino — assaz ladino —,
Afugenta-me lídimo sino hino!

Mácula de pernas tão longuilíneas

Pousa no coração da tarde suave.
O mádido Sol medra as curvilíneas

Asas vórtices e vívidas de ave!

Sinto-me as garças cores arlequíneas:
Chave sem vão, fechadura sem trave.

23-3-2012.

Aquário de Vida

À mercê dos favônios, Bisviver jigajoga, Bajogar a conversa, Retisnar os neurônios… Lida que se renova. Quem me dera essa trela… Fá...