Edigles
Guedes
O passado
devorou-me o futuro…
Nenhuma
Mágoa pousou em meu coração?…
Quiçá uma
Mágoa bruta me embotasse
O paletó
da garganta!… Monturo,
Talvez, de
ideias e amores tão fugazes!…
Ideias que
padecem por sua inanição!…
Amores que
se vão sem pingos esses!…
Eis
minh’alma devorada, e vorazes,
Por
abutres ferozes… Oh! mimosa
Alma que
fenece com o fogo brio
Dos
homens!… Existências lamentosas,
Pois não
são deuses – tão cru somente pó
Das
cinzas!… Somos sombras de um desvario…
Fênix sem
cauda e sem asas: um cepo!…
9-3-2012.