Edigles Guedes
Ah! escuto a mesa em que habito…
Ouço o rangido feérico
Da caneta em seus deveres…
Que sonhos – sussurro – são esses?…
A mão – máquina indômita
De lavrar poemas – sua ginga
Cumpre sem delongas. Fere
Um adjetivo; de adrede,
Escarnece da vírgula…
Selvagem sintaxe (que urra)
Escorrega rente, acolá.
Em lapsos de febre entorta,
O valente papel seda,
De pó esta memória: que erra!…
15-8-2011.
Inspire-se. Surpreenda-se. Viva com leveza. Aproveite os sonetos. O romance. A desilusão. O amor. Leia e curta.
Aquário de Vida
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