O Relógio Cacareja

Edigles Guedes

Uma pausa no tempo anódino, que escorpião
Inocula em mim seu veneno de velhice…
Minha pele, como página carcomida,
Estraga a laranja de sol e sua pieguice…

Descasco a laranja bendita – aporrinhação
De suco e gomos extintos no cru mordiscar
Da boca simplória… Essa intuição carótida
Do tempo desperta em mim constante peniscar

De pensamentos. Destarte, a faca abiótica –
Eis que vai descascando a superfície estadual
Do estábulo da semente cor metálica!…

Minha pele, qual epiderme da laranja,
Deflagra a ação de corte rente à pausa bambual
Do tempo. O relógio cacareja sem franjas!…

12-9-2010.

Aquário de Vida

À mercê dos favônios, Bisviver jigajoga, Bajogar a conversa, Retisnar os neurônios… Lida que se renova. Quem me dera essa trela… Fá...