Mar mouco
que se despede da noite
Com seu
sorriso aquático de delfim…
O
tabuleiro de xadrez é foice
Que corta
o raciocínio trágico alfim…
Mar
louco, cujas ondas pragmáticas
Levam-me
para o fundo de mim mesmo …
Quem sou?
De onde venho? Sou gramáticas
Desbotadas,
que perambulam a esmo?…
Mar
rouco, responde-me!… Vens! e estimas
O meu
coração com praga ou achaque
De velho
poeta sem lira, sem rimas…
Mar pouco,
que se esvai à proporção que
Bebo tuas
lágrimas… minhas lágrimas…
Nesse
copo de cólera, no alfaque…
22-7-2012.