Errabundo Desenho



Edigles Guedes

Desenhei teu rosto numa folha de papel:
Não havia cravos ou espinhas para desmanchar
A tinta nanquim e teus contornos de céu.
Tu estavas límpida, qual carpinteira a rachar

Meu coração de madeira com duro enxó
De prata, por mãos tão curtas, curvas e frágeis.
Abraço-te com braços mansos: longo amplexo
Hercúleo!… Oh! meus braços, decerto menos ágeis,

Há muito sonhavam!… No momento em que me vias,
O Sol sorria amarelo, assim meio carrancudo;
E tudo era flores, girassóis e cotovias!…

Mas, desperto-me do sono surdo e profundo…
Procuro-te por quatro paredes tão vazias,
E encontro-me contigo: desenho errabundo!…

29-7-2012.

Aquário de Vida

À mercê dos favônios, Bisviver jigajoga, Bajogar a conversa, Retisnar os neurônios… Lida que se renova. Quem me dera essa trela… Fá...